EMILIA DE FREITAS
( Brasil – Rio Grande do Sul )
Emília de Freitas nasceu em Osório, RS, em 18 de novembro.
Autora do livro Eco dos Pampas, traz a poesia no sangue, talvez por ser parente do imortal Gildo de Freitas.
Participou de 12 antologias da Editora Alcance, inclusive Mercopoema III. Poetas do Mercosul.
Conquistou oito medalhas de Honra ao Mérito, troféus e muitos diplomas de participação.
Pertence à Casa do Poeta Rio-Grandense e á Aalzon.
Escritora, poetisa nativista, é também conhecida como declamadora na radiofonia gaúcha.
BERNY, Rossyr, org. Poetas pela Paz e Justiça Social. Coletânea Literária. Vol. II. Porto Alegre: Alcance, 2010. 208 p. ISBN 978-85-7592-098-5
Ex. biblioteca de Antonio Miranda – doação do amigo (livreiro) Brito – DF. No. 10 249
Importante: existem mais poemas do que os apresentamos aqui, neste livro tão bem apresentado, vale a pena conferir...
Sol vermelho
Poetas admiram o entardecer
do dia com alegria.
Depois de lutas e labutas para ganhar
Seu pão sem roubar do irmão,
não inventam falsas mentiras
para satisfazer suas ilusões.
Sol vermelho, cor de sangue,
para mostrar ao mundo falsos profetas
que em vez de cuidarem de si
vivem ferindo os inocentes,
para que outras pessoas
acreditem e criem guerra
com mortes pela terra.
Sol vermelho,
nuvens coloridas morrendo
no querido Guaíba, vem a noite,
escurece as águas no monumento da vida,
e nós, o que fazemos,
pelos menos favorecidos?
Pedem pão para não se perderem
na escuridão.
Sol vermelho, alma entristecida
por ouvir tantas injúrias e inverdades,
no decorrer da vida!
A vida é tão passageira
que quando nos dermos conta,
já estaremos em outro horizonte
Sendo julgados pelo patrão eterno
sem mistério.
A fronteirista gaúcha
Oh! Chama de amor viva,
que ternamente nos revelas.
Oh! Lâmpada de fogo,
que aquece nas noites mais escuras da vida.
O frio já não tem mais guarida
Tudo ficou aquecido.
Da brisa o sopro vivo,
do rouxinol o canto
docemente das sereias sem alto mar.
O bosque em festa,
pelo cantarolar dos passarinhos,
que nos galhos das árvores
fizeram seus ninhos.
E se quiserdes ouvir,
consiste a suma fé no Cristo Jesus,
que por amor a humanidade,
foi morto numa cruz.
E nós seguimos sua estrada
no caminho de luz.
No peito enternecido,
que eu para a fronteirista
Toa minha atenção guardava
das ameias o vento me guiava,
sem temor à virgem da boa viagem
se implorava, saúde, fé e paz não faltava.
Cristalina torrente de amor
revelas a todos que te rodeiam,
certamente ficarás na história dos livros.
Registrados como um ser glorificado
Neste torrão gaúcho
que por todos é amado.
*
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Página publicada em abril de 2025.
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